terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Sobre a entrevista

Finalmente.

Nós fomos aceitas! Uhu!

Mas a historia não é nem um pouco legal. Nada parecida com os outros relatos de outros blogs. Não sei se pegamos o entrevistador num dia ruim (o entrevistador porque ele nem falou o nome dele), se ele teve um problema com sermos um casal gay ou o que diabos aconteceu. Vou tentar contar mais ou menos.

Nossa entrevista estava marcada pras 14:00, chegamos as 13:30. A moça da recepção do predio pediu que aguardassemos la em baixo mesmo pois eles estavam em horario de almoço e chamariam na hora de subir. Estavamos bem nervosas, nnao tinha onde sentar, era um hall gigante sem nada. As 14:00 interfonaram e nos pediram para subir. Sentamos numa salinha de espera, fizemos um amigo la, nao lembro o nome dele, mas ja morava em Montreal e claro foi aceito tambem. Conversamos por uns 10 minutos, eles estavam atrasados e nós ansiosas. Fomos chamados por um homem com bastante sotaque, ele nem se apresentou, perguntou quem era quem e mandou a gente sentar.

Então perguntou pra Manu o que ela fazia, ela respondeu, depois perguntou pra mim, eu respondi, ele me pediu os comprovantes de trabalho, entreguei as folhas, ele reclamou que eu nao tinha levado o comrpovante antigo, me esqueci mesmo, falha minha, mas ele foi muito grosso, o tempo todo, como diretor da escola quando aprontamos algo, me senti como se estivesse la pra me defender de alguma coisa que fiz errado, como se devesse alguma coisa pra ele, foi pessimo o clima. Daí ele foi pro computador, perguntou se tinhamos filhos, respondemos que nao e a Manu ja imendou que nao temos mas que esse é um dos motivos de escolhermos o Quebec, porque la podemos ter filhos como qualquer casal hetero ou nao e queremos muito ter filhos no futuro, ele perguntou como iamos fazer, nessa hora achei estranho, o que isso tem a ver com qualquer coisa, a manu respondeu que podemos adotar ou entao eu gostaria de engravidar atraves de inseminação artificial e entao ele olhou com cara de bravo pra manu e perguntou "pas vous?", nós somos um casal, que diferença faz quem é que vai engravidar meu filho? nessa hora percebi que a coisa ia ser dificil. Ele nao falou mais nada, nao perguntou mais nada, nem viu as milhares de ofertas de emprego e anuncios de louer que eu levei, não viu nossos documentos direito nem nada, virou pra gente e disse que nosso frances nao era bom o suficiente e que o sistema estava fora do ar entao ele daria uma resposta por correio em ate 2 semanas. Saimos de la chorando muito, com raiva do cara, do nosso frances, que acoado realmente nao foi dos melhores, mas tambem nao era pra tanto, pegamos o trem com a cara inchada de tanto chorar, achamos que era o fim, que nao passariamos, perdemos totalmente a esperança.

Eis que dois dias depois chega em casa um envelope do governo do Quebec, o pai da Manu que recebeu ligou pra gente corrend, fomos como duas loucas pra casa mais cedo pra ver o que era, e la estava o nosso CSQ. Aleluia, o cara deve ter se tocado que foi um babaca. Passamos!